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Atendimento à comunidade LGBTI+ por parte da Polícia Civil será melhorado com capacitação

17/02/2020 11:24 | Combate à Transfobia
Foto da Notícia: Atendimento à comunidade LGBTI+ por parte da Polícia Civil será melhorado com capacitação

    imgOs rotineiros casos de violência contra as travestis registrados em Várzea Grande motivaram a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), junto com a Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) a debater o tema com a Diretoria Geral da Polícia Civil. Do encontro com a direção da corporação, que também contou com a presença de outras entidades que militam pela causa LGBTI+, ficou acertada a realização de uma capacitação para que o atendimento às vítimas seja feito de forma efetiva.

    Presidente da comissão, Nelson Freitas Neto, destaca que se não bastasse a violência a que são submetidas, com registros de assédio sexual, transfobia, roubos, furtos, agressões entre outros crimes, as travestis enfrentam dificuldades na hora de buscar o atendimento policial. “Elas muitas vezes não são atendidas, não se sentem acolhidas e acabam desencorajadas, como se aquilo pelo qual elas passaram não constituísse um crime”.

    Por conta disso, Nelson Freitas Neto, ao lado da vice-presidente da comissão, Kamila Michiko Teischmann, participaram do encontro com o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Aravéchia de Resende, que contou também com a participação do Núcleo de Diversidade da Sesp e do Centro de Referência em Direitos Humanos.

    Do encontro, explica o presidente da comissão, ficou acertado que as entidades vão preparar uma capacitação que será ministrada aos policiais civis da região metropolitana para otimizar o atendimento às travestis. “Precisamos transformar esta realidade, capacitando profissionais responsáveis por este primeiro acolhimento, assegurando seus direitos como cidadãs”.

    Além da capacitação, a ideia é realizar um encontro com as travestis de Várzea Grande, sobretudo as que circulam pela região do Zero KM, para que elas sejam alertadas sobre seus direitos. “A ideia é que elas se sintam encorajadas a buscar seus direitos mas, para isso, precisamos de todo o sistema de segurança preparado para atender todos os cidadãos, independentemente de suas atividades profissionais e estilo de vida”, finalizou Freitas.

    Nesse sentido, uma série de medidas devem ser adotadas, desde a comunicação da ocorrência, com o devido registro dos fatos, de forma que os eventuais crimes possam ser corretamente apurados. “É importante que, quando chegar na delegacia para registrar uma ocorrência, a vítima, nesse caso, a travesti, possa ter segurança para relatar o que ocorreu e que esses fatos sejam registrados adequadamente, não apenas para apuração do crime, mas para adoção de políticas públicas adequadas”.

ZF Press

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