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Britto: vergonha é palavra que resume tragédia em Congonhas

18/07/2007 13:24 | Infra-estrutura

    O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, classificou como uma vergonha a tragédia ocorrida com o vôo o 3054 da TAM, em São Paulo, que fez explodir a própria credibilidade do sistema aéreo brasileiro. Recompô-la exige, como premissa inadiável e inapelável, o afastamento imediato de todos aqueles que estão envolvidos na má gestão do espaço aéreo brasileiro. É necessária a imediata instalação de rigorosa investigação para apurar responsabilidades, em todas as instâncias envolvidas, defendeu, por meio de nota.

    Segundo Britto, o país vem presenciando, entre indignado e estupefato, sucessivos transtornos nos aeroportos brasileiros desde o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy, em 29 de setembro do ano passado, sem a contrapartida de qualquer providência concreta por parte das autoridades, o que denuncia a péssima gestão das autoridades do governo responsáveis pelo setor aéreo.

    Constatou que, não obstante a montanha de dinheiro do contribuinte gasta na reforma de aeroportos em todo o país, em faraônicas obras de fachada, a infra-estrutura de segurança continua precaríssima, alertou o presidente nacional da OAB, ao afirmar que aeroporto não é shopping center. E esse equívoco criminoso, perpetrado com dinheiro público, tornou o ato de viajar uma temeridade, conspirando contra a segurança do cidadão e contra a própria economia e a indústria do turismo.

    A seguir a íntegra da nota divulgada pelo presidente da OAB Nacional, Cezar Britto:

    O que explodiu, em Congonhas, foi não apenas o Airbus da TAM e suas quase 200 vítimas, mas a própria credibilidade do sistema aéreo brasileiro. Recompô-la exige, como premissa inadiável e inapelável, o afastamento imediato de todos aqueles que estão envolvidos na má gestão do espaço aéreo brasileiro. É necessária a imediata instalação de rigorosa investigação para apurar responsabilidades, em todas as instâncias envolvidas.

    Há menos de dez meses, o país foi impactado pelo então maior desastre da história de sua aviação civil. A tragédia do Boeing da Gol, em setembro do ano passado, levantou o véu do inferno aéreo em que vivíamos - e ignorávamos.

    Desde então, o país presenciou, entre indignado e estupefato, sucessivos transtornos em seus aeroportos, sem a contrapartida de qualquer providência concreta por parte das autoridades.

    Constatou o desarranjo na política de pessoal dos controladores de vôo. Constatou que, não obstante a montanha de dinheiro do contribuinte gasta na reforma de aeroportos em todo o país, em faraônicas obras de fachada, a infra-estrutura de segurança continua precaríssima.

    Aeroporto não é shopping center. E esse equívoco criminoso, perpetrado com dinheiro público, tornou o ato de viajar uma temeridade, conspirando contra a segurança do cidadão e contra a própria economia e a indústria do turismo.

    Não há outra palavra para designar a tragédia de Congonhas: vergonha!

 


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