O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, informou que a entidade vai acompanhar o caso do advogado Agrícola Paes de Barros Júnior, acusado de induzir a ex-mulher, a funcionária pública M.N., 29, a fazer um aborto, que resultou na morte dela. Ele disse que vai solicitar ao delegado Vaíte Eugênio de Oliveira a cópia do inquérito para, posteriormente, designar um advogado especialmente para o caso.
"Todo e qualquer advogado acusado temos procurado fazer todo o acompanhamento necessário para, entre outras coisas, assegurar o cumprimento de suas prerrogativas" enfatizou o presidente da OAB. Agrícola deveria dar sua versão sobre as acusações em entrevista coletiva, mas, em função de seu estado emocional abalado, e sob forte medicação, preferiu se manifestar posteriormente.
Agrícola nega ter pedido para a mulher abortar. Segundo a imprensa, a denúncia de que o advogado teria forçado a ex-mulher a abortar a criança partiu do irmão da vítima, Edmilson Castilho Leme. Em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele contou que o filho não era desejado pelo casal, que estava separado. Ainda segundo Leme, o advogado teria comprado um remédio abortivo para ela tomar, mas como não teve o efeito desejado, ele a convenceu a procurar alguém que fizesse o serviço.