A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Pará comemorou os 37% de aprovação entre os candidatos que prestaram o último Exame de Ordem, realizado em dezembro. Na opinião do secretário geral e presidente do Exame de Ordem da OAB paraense, Edilson Dantas, esse foi um dos melhores resultados registrados nos últimos anos. O índice de reprovação (de 63%) foi o menor de 2004 - quando foram registrados 71% de reprovação nas provas de março e 80,20% de reprovação em agosto. ?Os candidatos estão levando o exame mais a sério?.
Apesar do bom resultado, Edilson Dantas não deixa de criticar a baixa qualidade da formação oferecida por alguns cursos jurídicos privados, que colocam no mercado graduados sem preparação. Dantas acredita que o problema vem desde o acesso às universidades particulares. "Elas acabam aceitando alunos sem cultura, que não tiveram bons resultados no segundo grau".
Essa má qualidade na formação acaba se refletindo no Exame de Ordem, que prova quem está apto ou não a exercer a profissão de advogado. Dantas ressalta que o bom desempenho dos estudantes também é fundamental para a aprovação no exame. "Não adianta culpar as faculdades se não há esforço dos estudantes", completou o secretário.
O Exame de Ordem está previsto no Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/94), regulamentado pelo Provimento nº 81/96 do Conselho Federal da entidade. A lei estabelece a realização de três exames anuais, mas já existe um debate sobre a unificação do Exame de Ordem, medida que tornaria a prova nacional. Na opinião de Dantas, as universidades do norte do País têm conteúdo programático diferenciado das demais instituições, o que torna inviável a proposta em discussão na OAB.
